Misantropia, antinatalismo e niilismo; O pessimismo.
Já vou avisando que o texto pode ser um pouquinho longo.
Esses termos, de alguma forma, conseguem se conectar, mesmo não sendo sinônimos diretamente. A maioria generalizará tudo isso como dentro de um pensamento pessimista, já que o pessimismo pode levar a uma dessas "correntes". E eu me defino nessas três correntes, e irei explicar alguns pontos (talvez vagos) do porquê eu (infelizmente) acredito nisso, e talvez você possa dar sua visão que me ajude a mudar estes pensamentos que, juntos, são autodestrutivos.
Começando com a misantropia, uma antipatia extrema em relação a humanidade, a qual eu comecei a ter desde a escola, o primeiro meio social diversificado que as crianças começam a ter contato. Tive interesse em "Schopenhauer", em guerras, em crimes, e vejo que o humano só evolui por base do ódio e sangue. Nós só temos a tecnologia de agora por causa de guerras; nós só evoluímos por nunca estarmos satisfeitos, e a ambição levou a voracidade de conhecimento e poder, o ser humano é insaciável e não aceitou viver em conjunto com a natureza, ou talvez fomos amaldiçoados a isso, e agora nossa sobrevivência é mental; o preconceito, o ego, a traição, assassinatos, mortes, estupros, abusos, nunca vão ser extintos por mais que tentemos nos controlar por morais, religiões, ética e filosofias totalmente criadas por nossa cabeça. O homem (ser humano) esquece que ainda somos animais, se acham superiores a eles (os animais) por (a maioria) não viver mais nas matas, e quem ainda vive em meio natural é banalizado de inferior, de irracional (parecem que não entendem que nem todos os povos, de um PLANETA inteiro, não estavam "evoluindo", todos, ao mesmo tipo de evolução, cada povo evoluia de acordo com o ambiente e contexto que viviam, e talvez a historia seria diferente se fosse outro povo globalizando outro, outro futuro, talvez outro tipo de capitalismo); guerrilhas "inexistentes" (gênero, sexo, étnico, nacional) que só existem por puro ego hierárquico social e muitos esquecem que tudo que é social tem explicação histórica bem simples. A natureza do ser humano é mal, e sempre vai ser. Não há motivo de ainda acreditar em beleza humano, beleza da alma, ser humano, entre mal - neutro - bem, fica apenas entre o mal e neutro. Parece coisas óbvias, e são óbvias, mas ainda senti a necessidade de deixar mais óbvio ainda.
O pensamento antinatalista é focado na ideia de evitar mais sofrimento humano, e extinguir passivamente a humanidade de forma passiva, ou seja, interferindo na natalidade. Meu pensamento não é tão extremista nesta "corrente", minha opinião se embasa em explicar que muito dos motivos de alguém querer ter filho, são motivos medíocres. Em vez disso, adotem, não tragam mais infelizes a este mundo, adotem os infelizes já nascidos, dê oportunidade as vidas já dadas à este mundo. Eu tinha o sonho de adotar, adotar pra, pelo menos, dar destino ao que tenho para que alguém possa ter alguma oportunidade de ter uma vida diferente. Mas eu sei que é melhor abandonar esta ideia. Com um péssimo exemplo de pai na minha vida, além de um comportamento tóxico, talvez eu só piorasse.
O niilismo foi o primeiro pensamento filosófico a qual eu tive interesse, ainda na escola. Eu concordava abruptamente, por mais que os próprios pensadores do meio critiquem o próprio pensamento desenvolvido. A falta de significado da vida, a falta de um sentido objetivo, assusta, sempre assustou, é daí que veio as religiões. Nem sempre todo niilista é pessimista, já que ele pode concordar com a falta de objetivo da vida como algo libertador pra encontrar algum sentido. Mas, se todos então tem a liberdade de escolher um sentido subjetivo em sua vida, então se alguém escolher, como sentido, o extermínio em massa da humanidade, já que a vida não tem valor nenhum e é algo natural do humano matar, então é um sentido válido? Se alguém nasce e cresce com a mentalidade de sentido de vida em extermínio de algum grupo, se alguém cresce e escolhe o sentido de vida em dizer que a vida não tem sentido algum e, logo, a vida não tem valor, e então escolhe, como sentido, espalhar esse pensamento, é um sentido válido? As pessoas atribuem a "criar um sentido pra vida" de modo positivista, e esquece que, se eu tenho a escolha de criar um sentido, então eu já tenho um sentido de vida, que é acreditar que a vida não tem sentido.
Tô sendo besta? Confuso? Vago? Não me aprofundei muito, são pensamentos meio vazios e que quase todos já questionaram alguma vez na vida, então não são difíceis de entender. Está tendo bastantes discussões aqui acerca do niilismo ou de se pessoas pobres poderiam ter filho ou não. Então achei um momento bom pra falar sobre.